quinta-feira, 27 de junho de 2013

antecipei-me na tua morte, adeus

Adeus à antipatia, aversão, cólera, ira, malquerença, odiosidade...
Adeus a tudo isto e que mais venha e que mais se sinta e que mais se viva...
Adeus a ti, que foste a maior consternação possível.
Adeus para nunca mais te ver.

E aqui fica o primeiro adeus antes de morreres.

É para saberes que fica já dado, e já agora, os meus pêsames.
E é para saberes também que não ficarei de luto.
Pelo contrário nesse dia irei vestir a roupa mais colorida que tiver.
Quero ser tão irónica como tu.
Quero ser tão hipócrita quanto tu.

Quero perdoar-te para me perdoar. 

Mas a aversão que existe é muita!

Despeço-me destes sentimentos, que é, consequentemente despedir-me de ti.
Não sei se existes. talvez sejas ou terás sido a idealização dos nadas que sempre quis.
Nada foi real. Despeço-me de nadas, de vazios, de coisa nenhuma. 
Que estúpida porra. Que estúpida.
Porra deixa-me.
Digo-te Adeus e continuas em mim.
Porra deixa-me!

Por favor, peço-te, deixa-me, porque vieste? porque apareces-te? porque existes?
que ira raivosa que se sente, a negatividade máxima, a libertação do ódio.
O não ter feito o que fiz. O arrependimento de ser.

Se morrer primeiro. o adeus ficou já dado.
se morreres depois, o adeus continua feito.
O primeiro, antes da tua morte.
O último depois de morreres.



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