segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

voltei por instantes

Reler,
depois de anos sapicados em segundos, 
o ar puro continua a fazer falta.
O amor continua a surgir, os olhos do mar ainda me guardam.
E eu guardo-os dentro de mim.

Sou eu, melâncolica, que faço entristecer os meus olhos terra.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Voleva suonare il colore degli occhi che piangono

Queria cantar a cor dos olhos que choram
das lágrimas que sorriem desesperos de amor.
As janelas, que de minuto a minuto fazem o sol entrar.
Desaparecer, quando tapam a cova dos sentimentos.

Hoje queria-te amar solitariamente
a mim mesma.
Era tempo de dor, das flores morrerem,
do sol não voltar.

Era o tempo que se chama vida.
Aquele tempo meio morto do choro dos dias,
da vida que passa e não se ergue,
Do abatimento dos corpos que se mexem.

Tão longe se morre, se perde,
o que perto não nasce, se ganha.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Quero subir-te

Quando outrora subimos as colonas da esperança e o vento nos subiu as almas ao céu. Eternamente não esqueço o que ainda não vivi.  
Recupero o tempo e a vontade suprema do sentir mais alto. Ajuda me a ser! 
A qualquer dia, na hora que nos segue e no dia que vem depois de todas as horas.
Quero subir-te!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

No inicio da manha

Acabei de perder o que te queria dizer. Estava a falar dos bandos dos pássaros que viajavam juntos de mãos dadas. Ou de asas que os fazem voar. Não precisas de me dar a mão, mas de ir acompanhado de mim no meu passeio matinal. Sempre se faz tarde. E depois de perder o que te queria não te sei mais o que dizer...

Hoje quero ir

Quero ir, viver mais um pouco quando posso. O mundo é-me perpendicular de desejos girassóis que giram e giram o sol tão belo.

Quero ir levar-te comigo no braço direito e às costas as coisas para sorrirmos mais.

Quero ir, mas nao precisamos de muito se nos temos a nós pelo caminho. 
Quero ir, Junto connosco pela avenida inteira, junto daqueles prédios cobertos de árvores. 
Quero tanto ir. Quero-nos ir.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Já não sei o verde dos campos.
A cor dos corpos verdes
Já não sei o cheiro e o quente

Do sol, se a primavera chega,
acompanha-nos.
Somos nòs verdes doces sonhos,

Nòs que nos vivemos inteiros
para solitariamente morrermos

chega uma primavera fria esta

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

lunedi 6 de ottobre

Queria conhecer o interior do mundo e poder cobri-lo de miséria e ódio. O mundo é feito de tanta coisa suja que me repugna viver só assim. A saudade
Aquele prato cheio de tanta coisa. Quero viver. E começo agora a perceber e a sentir que


Estou completamente por mim. Somos uma estancia, um coberto de verde tão incompleto ainda.
Viver de amor não e viver, é morrer a cada dia que passa. Vem que posso chamar-te dizer-te que sim tantas vezes até não querer mais. 
És me como não te conheço e não sei. Somos uma estratégia de vida.
E o que fica. E o que resta. O beijo que interessa de outro e não é senão medo. A culpa que te fica pela sua fuga. E eu o outro pano por cima, que cobre a ferida da alma e o prazer do corpo que falta. Talvez tanta coisa depois. Ou nada que o beijo pode ser.
Mas porque o queres.. Começo a fugir de mim e a deixar o sentimento que me segue a fugir-me. E se sou um problema porque me tens a ti. Ou porque te sou agora tu. Ou porque me queres agora em ti.
Saber. Se tantas duvidas tenho enquanto sou alguém. 
Amar torna-se difuso e já não amo ninguém. 
Sou algo ainda pronto a ser nada, porque a vida são como as chávenas deste café curto que agora bebo. 
Queria apagar-me e deixar-te ser. Sentir como ninguém ou sê-lo assim mesmo. Recordar o dia que se segue.

Milano 2014