sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O apelo ao amor e à saudade

a saudade é algo vazio cheio de carne,
da suculenta carne dos membros todos.
a saudade não passa de sangue e de veias cheias de impulso de vida, ou morte.
e a carne é o ódio dos dias vivos, é o pedaço que nos governa a alma, errante, decerto...
e de certo não há muito se o sangue nos é...tem de nos ser...

e a saudade só por isso existe, por sermos carne e sangue e quereremos carne e sangue.
a saudade é errante como o amor não divino.
o amor chega e basta para atrelar corpos a dois
quer seja homem e mulher ou mulher e mulher,
ou homem e homem,
todos se encantam, porque é amor,
amor parvo, sujo e feio, repugnante sem sensações nenhumas
só a saudade.

a triste, roncante, saudade.
inútil o corpo querer mais um.
não basta tão pouco, há que querer sempre mais,
para o coração poder bater.
ou dizer que bate.
para se fazerem felizes!

ao amor, e à saudade

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