terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Há tempestade desde sempre

Desligamos os corpos
O que reina já não é mais traição
ou miséria

E então vem o possível
a vista da janela do meu quarto
que é o que não existe.
O impossível chega para aniquilar o que resta.

Por isso somos,
estruturas impotentemente perfeitas,
seres catastroficamente desamparados

a loucura de quereres saber...
eu sei....

Loiças e tapetes,
amores, jarros de flores,
e onde fica o ódio,
e o sangue?

Nas lágrimas que não secam,
pela frieza dos copos humanos...

Onde será que fica a vida?

1 comentário:

  1. vejo que começas a inserir elementos e palavras com cargas mais rudes e brutas numa mistura com o sensível, eu gosto muito disso. Não faria sentido de outra forma. feliz natal, amiga e irmã

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