terça-feira, 23 de julho de 2013

sem nome

Estou a metade da vida, não por já ser velha mas por não querer viver muito. Acho que 30 anos bastariam, um pouco mais ou um pouco menos. Pelo que sei do mundo e dos que fazem dele casa, não anseio viver até ao fim. Acho que alguma tragédia fatal a meio compensaria a minha infelicidade. Não aquela infelicidade e tristeza como a daqueles que perdem o amor da sua vida. É uma infelicidade que não se transforma em algo bom. Porque é inconsolável e apática a qualquer tentativa de transformação. É a infelicidade de saber que quanto mais anos passam, mais o Homem tenta evoluir, mais esta sociedade de homens actuais ''avança'' em actos não naturais. Mais se transforma e mais deixa de ser ele. A pureza vai passar a não existir. Se é que ainda existe.

O que eu procuro não tem nome. O próximo nome do meu livro...A contar a insatisfação que tenho de todos e ao mesmo tempo de os amar...

Mas 
Talvez morrer seria melhor. Talvez a enfatização do poeta o valorize, e assim se escrevem livros para acabarem lidos na prateleira. Somos assim, queremos ser tanto que nos esquecemos da verdadeira essência e da unidade que poderíamos ser...


1 comentário:

  1. ri-me com este post. só porque eu digo a toda a gente que só peço os 40. os 30 talvez sejam demasiado radicais. de qualquer forma concordo com o resto. boa sorte com o livro.

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