quarta-feira, 11 de junho de 2014

Sem-Fim

Cessam os dias e todas as tardes cessam também. As noites e todas as luas que vimos, voam sobre todos os passos que demos, Em todas as ruas dos nomes que esqueci...
Desistem também todos os jardins que pisámos e que descobrimos antes de os pisarmos.
Os paradoxos, os destinos e os olhares fixos desistem também.
Renunciam-se os silêncios, todos os silêncios se renunciam em pegadas ainda por dar.
Porque afinal, ainda resta tempo, ainda resta tempo para matar as saudades que surgem antes de ires.

Ainda resta tempo para matar, um sem-fim.



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