Então morremos com o tempo. Ou é ele que nos mata, ou somos nós que o desculpamos. Desculpamos o tempo. E não passamos mesmo disto. No curto espaço de ser, o sentir talvez apenas passe. Ou é ele que passa ou somos nós que o deixamos fugir, talvez o tempo seja então a maior desculpa. Talvez sejamos nós a própria desculpa, talvez sim continuemos a ser nós todas as nossas desculpas. E é por isso que odeio o tempo, porque é ele que mata o sentir, sem passar, e sem deixar de existir o que é.
Quanto mais tempo, mais vida.
Quanto mais vida, mais morte
Quanto mais...
Vivemos tanto que um dia acabamos por morrer.
E falo do sentir aquele que talvez não passe apenas de ser, não passe apenas, sem existir o que é.
Ou talvez não...
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