segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Como se fosse para ti II

Lembras-me a cor dos olhos que brilhavam sempre que nos víamos. 
Singelo o pestanejar das almas que se evapora.
Deves estar bem...
Conseguimos ter toda a sorte em mãos mas mesmo assim preferiu-se deixa-la fugir entre o membro maior de ti, a tua pele. Não há camada mais opaca que consiga dizer que morreu. Não há. Continua a não haver. 
Os meus órgãos sufocam-se, questionam-se, matá-mo-nos! Os meus órgãos podiam-se sufocar e questionar-se a si mesmos e eu poderia responder de outra maneira senão a nossa morte. Mas não, matá-mo-nos! Fizemos morrer onde ainda havia vida. vida, ela não morreu (?)

Repleto-me sem completar. Falta-se. Sede. Onde está tudo?
No remediar da estratégia falta-me.
Falta-me aquela morte que fazia viver toda a minha vida. O picar de toda a minha alma. Era na morte que eu buscava o real sentido de viver. Eu precisava de morrer por ti todos os dias para me lembrar que todos os dias continuava viva. Estratégias. Vivo sem vida! Falta-me Tu. Somos quase obrigados aceitar que todas as coisas tem o seu lado não efémero, somos quase obrigados a meter isto dentro de nós. As pessoas desistem de si mesmas e já isso é só um passo para se matarem. podíamos ser o que queríamos. Mas não, preferimos esfaquear a nossa vida e perder o melhor dos dois mundos, preferiste-(mos).
Merecíamos o que faltou. 

Queria-nos viver!


Sem comentários:

Enviar um comentário