Dois loucos varridos.
Perdidamente com a paixão à flor da pele.
Perdidamente perdidos num mundo que não lhes pertence.
O piso estava escorregadio, as folhas das árvores dançavam com o calor do vento.
O Outono. O céu estava nublado, mas o jantar estava óptimo.
Naquele momento, ambos só se viam um ao outro, nada mais existia, este mundo não lhes pertence.
Entre mãos dadas sentia-se o desejo, a fúria e o arrebatar de sensações, uma deriva de prazer...
Desejo, desejo, desejo, amor, e tudo derivava disso.
No fim, depois dos corpos cansados, de ouvir carros, luzes e estores a abrir, depois das sombras e das pingas da chuva, ouve-se em voz, num tom ameaçador,
espero que saibam que isso é crime público...!!!!
Ouve-se pés, somente pés a pisar a chuva e a escorregar no chão. Ouve-se de novo a mesma voz mas num tom mais forçado.
NÃO FUJAM....
E eles fogem, perdidamente felizes, mas perdidos num mundo que não lhes pertence, porque este mesmo, não lhes serve de liberdade!
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