sábado, 21 de abril de 2012

E aqui em casa já se houve o bater das badaladas ....

E aqui em casa já se houve o bater das badaladas.
Cansaço.
O som trespassa todas estas quatro paredes, de onde eu, meu corpo sólido, fixo e calmo, nos dias de hoje, agora, cheio de sentimentos moldáveis, não se consegue mexer.
Só ouvir. Ouve. Que oiças!
Fico eu a sentir o tremor das paredes.
Onde o cansaço dos séculos se ouve na mais curta distância. Mesmo que curta seja a distância, ouve-se. E mesmo que a distância continue curta, sente-se. E se ela aumentar e passar a ser longa, ficamos para sempre, na eterna vontade de querer mais, sem saber na concreta realidade que queremos. Por isso descobre...
Empirista
Arregaço as mangas, continuo a olhar em frente.
Vejo luz. Talvez não seja A luz...
Era negra, vazia. Sugiro que me vá embora com ela, no preciso momento em que a ideia surge. Quando pensei em fugir, fugi mesmo. Para lado algum. Mas fugi. Peguei nas coisas mal pegadas, deixei rastos ainda fixos no local de embarque. Embarquei.
Destino Incorreto. Fim inacabado.

E aqui em casa já se houve o bater das badaladas ....

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