quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um equivoco

Custa-me saber aquilo que hoje sei de ti.
Nada.
A noção que o amor prega a tudo é ligeiramente um equivoco.
Passa-se tudo tão rápido,
Acaba tudo tão rápido,
Um equivoco.
Ele sugere a antecipação das coisas que precisamos.
O amor.
Precisamos disso, e é ele,
O amor
Que nos sugere exatamente aquilo que precisamos,
O amor.
Ele que pare no tempo
Que se deixe de sofrimento
No momento?
Que passe instantaneamente,
Como, sem nenhum tormento.
Ele que deixe de existir,
Diante hoje e os próximos dias passageiros.
Que todos os passageiros
Adormeçam os tripeiros
Que embarquem sem bagagem
Que o leitor retire da viagem
tudo,
menos o amor.
O amor?
Ai que ele morra antes de mim
Que morra por mim
E que o fim?
Seja fortemente minucioso
que ganhe, que seja vivo em estratégias.
Que o fim seja o mais doloroso,
de todos.
Para que, não haja pior dor que a dor
Do amor
Do fim dele
E ainda pior que a dor
Por ele.
Ele que morra comigo
Antes do fim das palavras
No começo das histórias bonitas
Que não haja amanhãs
E que as infinitas manhãs
passem despercebido
Que a chuva
Rompa, corrompa, corroa
A manhã.
Que descaído seja o dia 
Penosamente acordado.
Que a alma reflita tudo
Menos a perda do amor.
Uma coisa pouco sui generes,
Estas palavras e mais algumas
Que sirvam de consolação,
Perante os outros, de mim.
Que todos saibamos
Nada do que precisamos
Enfim,
Terminamos

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